Às margens do Velho Chico havia sossego, não chegava a ser um silêncio rigoroso, o vento movia alguma folha ou brisa; a água do rio no seu movimento gerava pequenas partículas de sons, numa imensidão do espaço aberto, no encantamento do correr das águas.
Na beira de um rio tudo é enlameado e tosco. O rio quer chegar ao seu destino, deseja se entregar ao Deus Mar e para cumprir este objetivo ele arrasta o que encontra em seu caminho. Na foz de um rio, cidades se dissolvem, conquistas se embaralham, o rio chega lento e denso. O oceano aceita tudo, recebe material orgânico, bonecas sem cabeça, pedaços de embarcações. o mar se alimenta do rio e suas partículas do mundo.
Por Regina Barbosa
Beira do Rio
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